Autômatos brasileiros da Arara vermelha.


Autômatos brasileiros da Arara vermelha.

Cesar Augusto de Souza Procopio (Sócio Nº 432).

Filatelista Clássico e Pesquisador filatélico.

CFB, AFNB, FilaBras.

Publicado no Boletim FilaBras nº 7 (Jan-Fev/2021) - Páginas 37 a 45.

1 Introdução.

Os autômatos (ATMs ou Selos etiquetas) brasileiros da Arara vermelha são desconhecidos pela maioria dos colecionadores, porque não foram lançados oficialmente através de um Edital filatélico do Correio brasileiro. Este fato também ocorreu com o autômato da Pomba com fundo pontilhado, popularmente chamado de Pomba cinza.

Infelizmente, as informações sobre os autômatos da Arara vermelha são raríssimas, sendo a maior parte delas obtidas extra-oficialmente desde o ano de 2004.

2 O Pássaro.

A Arara vermelha (pequena) é um pássaro da família Psittacidae, medindo até 90 cm de comprimento e possui coloração vermelha escarlate com asas tricolores (vermelho, amarelo e azul intenso). Os pássaros não apresentam dimorfismo sexual (o macho e a fêmea desta espécie se assemelham muito) e vivem livres na natureza em regiões desde a República da Costa Rica até o leste do Estado Plurinacional da Bolívia, além dos biomas brasileiros do cerrado e da Amazônia Em razão desse pássaro estar presente em vasta região geográfica, ele possui diversos nomes populares regionais ou nacionais, sendo araracanga um desses nomes, o qual é usado pelos índios amazônicos, e taxonomicamente é denominado de: Ara macao macao (Linnaeus, 1758) ou Macrocercus araracanga (Vieillot, 1816), que possuem os seguintes significados:

- Ara macao macao:

Ara (língua indígena amazônica) = papagaio;

macao = Pode originar-se: devido ao pássaro ter sido observado no rio Macal do país centro-americano de Belize; ou devido aos exploradores observarem que as araras se alimentavam dos frutos da Palmeira Macaúba (Acrocomia aculeata).

- Macrocercus araracanga:

Makro (língua grega) = grande, kerkos (língua grega) = rabo ou cauda. ara (língua indígena amazônica) = papagaio; ra (língua indígena amazônica) = grande; a'kang (língua indígena amazônica) = cabeça esquelética (nua).

3 Histórico do Autômato.

O pássaro Arara vermelha (pequeno) é conhecido desde os primórdios pelos índios amazônicos e indígenas de regiões centrais do continente americano. Porém, somente no ano de 1758, o naturalista sueco Carl Nilsson Linnæus classificou cientificamente (taxonomia) esta espécie.

Quase um século depois, no segundo quarto do século XIX, o jovem Edward Lear visitou o zoológico de Londres e criadores ingleses de pássaros, entre os anos de 1830 e 1832, para desenhar aquarelas de pássaros da família Psittacidae, que inclui principalmente as araras, os papagaios e os periquitos.

Em 1832, Edward Lear publicou suas 42 gravuras (aquarelas) desses pássaros no livro: “Illustrations of the Family of Psittacidae, or Parrots”.

Fig. 1 - Folha de rosto do livro “Illustrations of the Family of Psittacidae, or Parrot”.

A sétima aquarela desse livro apresenta a Arara vermelha e amarela [arara vermelha (pequena)], taxonomicamente denominada de Macrocercus araracanga (Vieillot, 1816) e também cientificamente conhecida por: Ara macao macao (Linnaeus, 1758).

Fig. 2- Macrocercus araracanga.

Mais de um século e meio depois dessa publicação, coube ao país africano da República Democrática de São Tomé e Príncipe, a primazia de homenagear “filatelicamente” a aquarela da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear.

Pois, este país emitiu em 08/07/1991, uma série de cinco selos de pássaros, com imagens das aquarelas de Edward Lear, sendo que o selo no valor de duzentas Dobras (Db 200) ilustra aquela arara, o qual está em destaque (ampliado) ao lado.

Fig. 3 - Arara vermelha - Sc. 1004 (catálogo Scott), e sua série.

Porém, deve-se salientar que, em 08/04/1991, ou seja, três meses antes à esta emissão filatélica são-tomense, o país caribenho (arquipélago das pequenas Antilhas) da Comunidade da Dominica emitiu dois blocos no valor de seis Dólares do Caribe Oriental ($ 6.00), em homenagem às viagens do descobrimento das Américas, sendo que, em um deles, aparece uma imagem estilizada do primeiro plano da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear.

Fig. 4 - Arara vermelha estilizada - Sc 1305 (catálogo Scott).

Após estas duas emissões, mais três países emitiram selos com a ilustração dessa aquarela. Cronologicamente foram lançadas as seguintes emissões filatélicas:

República Federativa do Brasil (2000).

Emissão: Autômato vertical da Arara vermelha.

Tipo: Selo autômato (ATM).

Valor: 1º Porte para carta comercial.

Lançamento: ?/?/2000 (impressão: 2º Semestre?/1999, utilização: ?/?/2004).

Catalogação: RHM SE-AV (Catálogo RHM 2019).

Fig. 5 - Autômato vertical da Arara vermelha (catálogo RHM SE-AV).

República Federativa do Brasil (2000?).

Emissão: Autômato horizontal da Arara vermelha.

Tipo: Selo autômato (ATM).

Valor: 1º Porte para carta comercial.

Lançamento: ?/?/????

(Provavelmente impresso no ano 2000, utilização: ?/?/????).

Catalogação: RHM SE-AV (Catálogo RHM 2019).

Fig. 6 - Autômato horizontal da Arara vermelha (catálogo RHM SE-AV).

República da Guiné-Bissau (2001).

Emissão: Papagaios.

Tipo: Selo de Bloco filatélico.

Valor: 200FCFA (Duzentos Francos Centro Africano Ocidental).

Lançamento: 01/04/2001.

Catalogação: Mi 1426 (Michel),

Yv 865 (Yvert & Tellier).

Fig. 7 - Selo da Arara vermelha [Mi 1426 (catálogo Michel), Yv 865 (catálogo Yvert & Tellier)] e seu Bloco.

Estado de Granada (2011).

Emissão: Papagaios do Caribe.

Tipo: Selo de Bloco filatélico.

Valor: $2 (Dois Dólares do Caribe Oriental).

Lançamento: 15/09/2011.

Catalogação: Mi 6406 (Michel), Sc 3816 (Scott).

Fig. 8 - Selo da Arara vermelha [Mi 6406 (catálogo Michel), Sc 3816 (catálogo Scott)] e seu Bloco.

Embora alguns países tenham emitindo selos utilizando esta aquarela da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear, nenhuma de suas emissões filatélicas a reproduziu integralmente, embora a República Democrática de São Tomé e Príncipe tenha emitido a reprodução mais fidedigna desta gravura original. Pois, foi a única emissão filatélica que reproduziu os primeiro e segundo planos desta aquarela, havendo somente um problema no enquadramento da imagem do selo, que cortou a parte final das penas da cauda da Arara vermelha. As demais emissões filatélicas apenas reproduziram parcialmente a imagem existente no primeiro plano desta aquarela.

A seguir, narrarei sobre a homenagem filatélica brasileira à aquarela da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear.

A princípio, a emissão filatélica brasileira previa o lançamento de apenas um modelo ilustrando esta aquarela, que seria emitido sob a forma de selo autômato (ATM), no qual seus valores faciais seriam impressos e fornecidos em máquinas de venda de selos (MVS).

Provavelmente, no segundo semestre de 1999, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos encomendou à Casa da Moeda do Brasil a produção do autômato vertical da Arara vermelha, para ser lançado durante a Exposição filatélica Lubrapex 2000. Este autômato foi aprovado em testes de conformidade técnica durante aquele semestre.

Porém, suponho que seus valores faciais seriam emitidos em impressoras suíças da marca Frama. Entretanto, algum imprevisto impossibilitou a presença dessas máquinas na Exposição Lubrapex 2000.Por este motivo, tentou-se contingencialmente imprimir seus valores faciais nas impressoras Procomp TCV 3681, que no ano de 1999, emitiam os autômatos da Pomba com fundo liso (Pomba azul). Porém, durante a etapa dos testes de impressão de seus faciais, percebeu-se que o facial somente seria plenamente impresso em seu Selo etiqueta, caso apenas a terceira linha da legenda do valor facial estivesse muito bem centralizada no autômato. Pois, a legenda completa extrapolaria seu selo etiqueta e sua base. Conforme pode ser observado na simulação abaixo.

Fig. 9 – Simulação das impressões utilizando as Máquinas impressoras das marcas: FRAMA e PROCOMP.

Com isso, a plena impressão do facial no autômato somente ocorreria, se houvesse: o preciso posicionamento da bobina deste ATM na máquina Procomp TCV 3681 e ajustes em sua programação de impressão para adequar-se às distintas dimensões do ATM vertical da Arara vermelha, que são: 53mm mais curto no comprimento, 11mm maior na altura e possui interpanô (Interpanneau) 1mm menor, que o ATM da Pomba.

Fig. 10 – ATMs da Arara vermelha e da pomba fundo liso (pomba azul).

Por estes motivos, concluiu-se que seria impraticável realizar ajustes tão precisos nesta máquina durante a alta comercialização deste autômato, prevista para ocorrer durante a Exposição Lubrapex 2000.

Contudo, para viabilizar o lançamento de um novo autômato na Exposição Lubrapex 2000, supõem-se que um modelo horizontal de ATM da Arara vermelha foi elaborado às pressas. Pois, ele seria apenas 21mm mais estreito que o ATM da Pomba, evitaria complexos ajustes no posicionamento vertical da cabeça de impressão da máquinas Procomp TCV 3681 (MVS), e seu Selo etiqueta comportaria plenamente as legendas dos faciais impressas nestas máquinas, conforme simulado na figura 11, a seguir:

Fig. 11 - Simulação da impressão do ATM horizontal da Arara vermelha com a legenda completa do autômato da Pomba.

Desconheço os motivos que também impediram o lançamento do autômato horizontal da Arara vermelha durante a Exposição Filatélica Lubrapex 2000. Embora, existem duas hipóteses plausíveis:

I - O autômato horizontal da Arara vermelha não ficou pronto em tempo hábil, ou seja, antes da primeira quinzena de abril do ano 2000, para ser lançado na Exposição Lubrapex 2000, ocorrida em Salvador/BA, entre os dias 11 e 16/4/2000.

II - Foi descoberto que o autômato horizontal da Arara vermelha possuía a ilustração semelhante a imagem de um selo previamente emitido por outra Administração postal, pois, a República Democrática de São Tomé e Príncipe já emitira em 08/07/1991, um selo no valor de duzentas Dobras (Db 200), ilustrando esta aquarela da Arara vermelha e amarela de Edward Lear.

Decidido pelo cancelamento do lançamento desse novo autômato nessa Exposição filatélica, suas versões vertical e horizontal foram armazenadas em almoxarifados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e permaneceram estocadas até início de outubro de 2004, quando, provavelmente foram redescobertas, depois de uma solicitação de provimento de selos ATMs para atender a etapa curitibana da Exposição filatélica da 10ª Brapex.

No final de outubro de 2004, esses ATMs foram enviados para alguns Centros de Distribuição Domiciliares (CDD) de Diretorias Regionais do Correio brasileiro, para treinarem os funcionários destes Centros postais (CDD). No entanto, um número indeterminado do ATM vertical da Arara vermelha foi equivocadamente disponibilizado para franqueamento de correspondências de primeiro porte nacional para pessoas jurídicas (Comercial) em algumas agências postais.

Desconheço essa supracitada ocorrência com a versão horizontal do autômato da Arara vermelha. Porém, passados alguns poucos dias, o Correio brasileiro percebeu o equívoco na destinação destes poucos selos ATMs e transferiu seu remanescente das Agências postais para seus Centros de Distribuição Domiciliares (CDD), visando treinar seus Funcionários postais. Finalizado esses treinamentos, todos os envelopes selados com as duas versões do autômato da Arara vermelha foram descartados ou queimados.

Por esses motivos se desconhecem autômatos horizontais da Arara vermelha circulados, e sabe-se da existência de pouquíssimos autômatos verticais da Arara vermelha postos em circulação.

Observou-se que os escassos envelopes, contendo autômatos verticais da Arara vermelha, possuíam circulação interna nacional, ou seja, foram enviados de cidades brasileiras para outras cidades de estados brasileiros distintos, e têm-se informações que esses autômatos circularam em agências de ao menos sete estados brasileiros distintos.

Fig. 12 - ATMs vertical da Arara vermelha circulados.

4 Características técnicas.

Os ATMs vertical e horizontal da Arara vermelha possuem formatos e dimensões distintas, porém, ambos os modelos foram elaborados em bobinas, com seus ATMs formados por duas partes: Base (liner) e o Selo etiqueta.

Sabe-se que, durante seu período estimado de circulação, apenas a agência postal AF Dom Pedro II ainda possuía impressoras Procomp TCV 3681 em funcionamento. Porém, como não há registro que alguma dessas versões de ATMs da Arara vermelha tenham sido equivocadamente enviadas para esta agência postal, por este motivo, há pouca possibilidade que exista algum autômato da Arara vermelha contendo valor facial impresso.

Fig. 13 - ATMs vertical e horizontal da Arara vermelha.

ATM vertical da Arara vermelha.

Este ATM foi impresso na Casa da Moeda do Brasil no segundo semestre de 1999.

Sua base foi elaborada em papel pardo-amarelado com 55 micra de espessura e 34 mm de largura,possuindo 3mm de interpanôs entre os selos etiquetas.

Seu selo etiqueta foi impresso em papel couchê brilhante adesivado com 85 micra de espessura e dimensões de 30 x 41mm, com bordas denteadas (12 ¾ x 12 ¾) em arcos e estampa composta: da Ilustração e do cabeçalho.

A ilustração, impressa em policromia (CYMK), é formada pela composição das imagens do primeiro plano da aquarela da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear e de um céu azul esparsamente nublado, em segundo plano.

O cabeçalho possui um retângulo azul dicromático (CM) com 30 x 4mm, que emoldura as palavras "Brasil" e "Correios" impressas em fonte MS Times New Roman em caixa alta, baixo relevo e não-inclinada.

Este autômato possui dois elementos de segurança, sendo um círculo (sol) chapado com tinta fosforescente transparente (UV) e uma imagem corporativa impressa com tinta branca fluorescente (UV).

ATM horizontal da Arara vermelha.

Até o presente momento se desconhece a empresa impressora deste ATM. Mas, acredito improvável que a Indústria de Papel Gordinho Braune Ltda. tenha impresso o ATM horizontal da Arara vermelha, mesmo que ele possua características e formatos semelhantes ao ATM da Ararajuba impresso pela Industria de Papel Gordinho Braune Ltda.

Provavelmente este ATM foi impresso às pressas no início do ano 2000, para possibilitar seu lançamento na Exposição Lubrapex 2000.

Suas características técnicas se assemelham ao modelo vertical, pois o modelo horizontal deste autômato também é formado pela base e pelo selo etiqueta e possui dois elementos de segurança.

A base possui papel tramado branco translúcido com 50 micra de espessura e 66 mm de largura, contendo o anverso siliconado e contendo 4mm de interpanôs entre os selos etiquetas.

O selo etiqueta foi impresso em papel fosco adesivado com 82 micra de espessura, tem dimensões de 60 x 30mm, margens retas, bordas arredondadas e uma ranhura semicircular no centro do lado esquerdo. Sua imagem é composta de duas partes: ilustração e cabeçalho.

A ilustração é formada pela composição das imagens do primeiro plano da aquarela da Arara vermelha (pequena) de Edward Lear e de um céu nublado em segundo plano. Estes elementos foram impressos em policromia (CYMK).

O cabeçalho é formado pelo retângulo azul dicromático (CM) com 60 x 5mm, que emoldura as palavras "Brasil" e "Correios", impressas em fonte MS Times New Roman em caixa alta, baixo relevo e não-inclinada.

Este autômato possui dois elementos de segurança, sendo um círculo (sol) e uma imagem corporativa, ambos impressos chapados com tinta fosforescente transparente (UV).

5 Agradecimento.

O Autor agradece a todos que direta ou indiretamente colaboraram para a elaboração deste artigo.

Porém, expressa especial agradecimento aos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e aos filatelistas: Agnaldo de Souza Gabriel, Hali Halibunani, Marcos Boaventura Souza e Silva e Reinaldo Jacob.

Suas colaborações viabilizaram a elaboração este artigo e enriqueceram-no.

6 Bibliografia.

Catálogo de selos RHM 2019 - Editora RHM.

Catálogo Scott 2007 - Scott Publishing Co.

Catálogo Scott - Scott Publishing Co.

Catálogo Michel - Schwaneberger Verlag GmbH.

Catálogo Yvert & Tellier - Yvert & Tellier.

Helm Dictionary of Scientific Bird Names - James A. Jobling.

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Sites:

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http://ateeme.net/castella/welcome_e.html

Peças filatélicas de acervos de Colecionadores e Filatelistas.

Formas de Pagamento