ARTIGO 01 - TRAÇOS NA COR DO SELO?


TESOUROS DO BAÚ – NÚMERO 01

Neste setor dos artigos institucionais iremos mostrar peças descobertas nas caixas de charutos do filatelista RHM.

Antes, entretanto, vamos dar algumas explicações.

Rolf H. Meyer era apaixonado pela filatelia brasileira, especialmente os selos regulares. Ele não gostava de que estes selos fossem chamados de ordinários, pois considerava isso muito pejorativo.

Nas caixas ele guardava de tudo e misturado. Lá é possível encontrar desde selos sem valor algum até peças extremamente raras e muitas delas não catalogadas no seu próprio catálogo, o catálogo RHM.

Assim sendo, quando um filatelista nos pergunta: você tem a peça filatélica a, b ou c a resposta sempre foi: eu vou procurar em uma das caixas.

Quando o site www.oselo.com.br nasceu eu vi a possibilidade de vasculhar as caixas para classificar os selos e colocar tudo em ordem. São centenas de caixas e semanalmente eu encontro algo que me deixa muito alegre.

Eu não entendo direito a razão do RHM guardar coisas que não estão no catálogo. Afinal seria muito bom ele ter incluído todas estas peças, algumas muito raras.

Claro que por razões de segurança as peças estavam misturadas. Algumas poucas raras no meio de outras com pouco valor comercial. Isso nos obriga e estudar e conferir todas estas centenas de caixas.

Durante os últimos dias encontramos diversas peças inéditas e em sucessivos artigos eu passarei a mostrá-las.

A PRIMEIRA PEÇA DO TESOURO DO BAÚ

Encontrei duas quadras do selo 482 da série Netinha na filigrana “CORREIO*BRASIL – Q” com traços no verso. Estes traços são sempre na cor verde e foram aplicados na Casa da Moeda e estes selos foram destinados aos revendedores e os traços significavam um desconto.

RHM:482 com traços verdes no verso

Quando dizemos que a "casa da filatelia" são os selos regulares, queremos dizer que as emissões eram produzidas de acordo com a demanda postal. A empresa dos Correios fazia o pedido para a Casa da Moeda de um determinado selo com um determinado valor facial e a Casa da Moeda os produzia da forma mais conveniente. Isso significa que a máquina de impressão podia estar ocupada (ai eles imprimiam em outra), que determinado tipo de papel ou tinta acabou e assim por diante. Tempos depois os filatelistas foram resgatando esta história e as diferenças entre selos aparentemente iguais.

Estas duas quadras, entretanto, apresentam traços na cor do selo. Primeiro achei isso muito estranho, mas buscando mais informações encontrei uma carta do filatelista Adalberto Marcus e tudo foi esclarecido.

Segunda esta missiva, Adalberto Marcus foi até a Casa da Moeda para conferir a sua descoberta e recebeu como resposta a seguinte alegação: a tinta verde está esgotada e decidimos empregar a cor do próprio selo para imprimir os traços que deveriam ser verdes.

Em outro bilhete existe a afirmação de que existe uma quadra, 5 selos isolados e um par e menciona a descoberta que foi publicada na antiga “Revista Filatélica Brasileira” em 1962.

Eu encontrei uma quadra, ilustrada a seguir. Ela estará na próxima edição do Catálogo RHM com o número 482 C – Cr$ 0,20, Trigo, castanho, com traços castanhos. Haverá cotação apenas para selos novos, já que desconhecemos os selos circulados.

A seguir mostramos a imagem da carta bem como do bilhete encontrado no TESOURO DO BAÚ.

BILHETE

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