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QUAL O SELO MAIS RARO DO BRASIL?


QUAL O SELO MAIS RARO DO BRASIL?

Esta pergunta, muito freqüente, está incompleta e é difícil de responder.

Poderíamos perguntar:

Qual o selo tipo isolado mais raro do Brasil?

Precisamos então definir:

SELO e TIPO

Selo – comprovante de pagamento antecipado para o envio de uma mensagem escrita?

Sendo essa a definição os selos para Telégrafo, Taxas e de Depósito não seriam selos. Os selos para telégrafos comprovam o pagamento de uma mensagem telegráfica. Ele mesmo não viaja. Os selos de taxa, exceto em alguns raros casos, também não viaja. Os de depósito viajam, mas vão de carona no vale postal.

Selo tipo? O que é um selo tipo? Esta pergunta é ainda mais difícil de responder. Vale a imagem frontal? A denteação, filigrana, papel, fosforescência mudam o TIPO?

Na filatelia a filigrana muda a numeração do catálogo, pois então temos selos tipo diferentes com a mesma imagem. A denteação muda o tipo? Não, nem o papel e nem a fosforescência. Os antigos autores dos Catálogos assim definiram a questão.

SIMPLIFICA, VAI...

Está bem, vamos dizer que o SELO TIPO tem número raso no Catálogo de Selos. Não tem sufixo Y (marmorizado), A, B, C para variedades, etc.

Bem, mas quem numera os selos no Catálogo de Selos do Brasil e define isso?

Geralmente é o editor, mas o Catálogo teve diversos autores e editores e por isso temos uma confusão numérica. Isso é verdade e se fosse possível fazê-lo a partir da estaca ZERO, seria tudo diferente.

 

Muita polemica, mas eu quero uma resposta simples.

QUAL O SELO TIPO MAIS RARO DO BRASIL?

A resposta continua sendo difícil, mas eu diria que são os Inclinados de 180, 300 e 600 réis em perfeito estado, novos, com boas margens.

Isso significa que se você dispõem de recursos, digamos ilimitados, e está disposto a adquirir diversos exemplares em condições perfeitas dos selos nºs 8, 9 e 10 do Brasil, após alguns anos seria possível comprar um ou dois exemplares de cada. Isso mesmo. Estimo que não existam mais do que 10 a 15 exemplares destes selos no mundo todo e quem tem não os vende.

Caso esqueçamos a definição rígida de "selo é pagamento antecipado" (incluindo Telégrafos, taxas e selo de Depósito) teremos outros candidatos ao título de mais raro do Brasil.

 

O T-1 e T-2 novos são aves raras de verdade. O valor aproxima-se muito do valor de catálogo e falta na maioria das coleções. Conheço colecionadores ativos há mais de 50 anos, com recursos elevados, que ainda não conseguiram um T-1 ou T-2 novos. Eu mesmo conheço dois exemplares do T-1 sem carimbo.

S80003 - O RARÍSSIMO T-1a na cor verde. Valor de catálogo R$ 13.250.

O raro geralmente é caro?

Sim, geralmente é. Porém existem selos raros que não são muito caros pois a procura é pequena (setores como taxas, folhinhas, por exemplo).

Não estamos falando de peças, pois cartas, múltiplos, xifópagos podem atingir valores enormes. Geralmente são peças com cotação internacional e são disputadas a peso de ouro.

Uma boa coleção de selos do Brasil deve ter peças raras, únicas e especiais?

Sim, pois isso valoriza o conjunto. Uma coleção que só apresenta selos de pouco valor não tem mercado.

Comparo isso a uma construção.

Você já viu um prédio sem pilares e vigas?

Geralmente cai.

A coleção também é assim mas geralmente o iniciante quer muitos selos pela mesma quantidade de dinheiro e só mais adiante fica corajoso para comprar uma peça cara.

Isso faz parte da evolução do filatelista.

Infelizmente a maioria, como as tartarugas a procura do mar, ficam no meio do caminho. Não persistem e acabam apresentando uma coleção de pouco valor.

Pode-se formar uma boa coleção sem gastar muito?

Sim, isso é possível quando você substitui o fator financeiro pelo estudo. Você poderá estudar, pesquisar e já vi excelentes coleções expostas, merecedoras de grandes prêmios sem muito dispêndio financeiro.

É por essa razão que a filatelia destaca-se das demais formas de lazer e uma vez que o filatelista é FORMADO E INFORMADO, jamais deixa de sê-lo (SELO).

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