Qual foi o primeiro catálogo de selos do mundo?


Qual foi o primeiro catálogo de selos do mundo?

Pesquisando na web você encontrará Oscar Berger Levrault que publicou um catálogo em 17 de setembro de 1861. O primeiro ilustrado seria de Alfred Potiquet de dezembro de 1861.

O primeiro manual seria de Moens em 1862.

Não importa o que está correto. O que sabemos é que se não fosse a publicação de um catálogo de selos provavelmente não haveria filatelia. Foram estas publicações que impediram os selos de seguir o curso natural de todo e qualquer forma de pagamento antecipado, ou seja, o lixo.

Veja como se comporta o colecionismo de bolachas de cerveja, passagens de trem, metrô, ônibus, passagens aéreas, bilhetes de loteria, figurinhas de bancas de jornal, coleções de caixas de fósforo, rolhas de vinhos, rótulos de bebidas e mais uma centena de itens colecionáveis.

Existe algum item destes que vale US$ 250.000? Este foi o valor de venda do Pack Strip em 1986 em Chicago. Em 2008 a mesma peça foi vendida por US$ 2.180.000. Isso mesmo. A mesma peça. Isso só acontece na filatelia e na numismática.

Qual a razão? O selo de valor (anterior a 1900) passa fronteiras sem levantar suspeitas. Eu já viajei por aí com muitos selos e nunca aconteceu nada. Chegaram a abrir a minha mala com milhares de peça e ficaram olhando sem saber o que dizer.

Este pessoal que manda mensagens eletrônicas tem ajuntamentos de selos de 1940 em diante.

O órgão emissor (Correio) não recompra selos e o comércio também não quer saber de selos após 1940. Não é à toa que os catálogos mundias Yvert & Tellier da França e Scott dos Estados Unidos tem um catálogo de 1.000 páginas com todos os selos do Mundo de 1840 até 1940.

Os selos de 1940 em diante formam mais 9 volumes de 1.000 páginas com selos de pouco ou nenhum valor (tirando os selos da China da revolução cultural). Os correios do mundo inteiro exploraram os filatelistas (9.000 páginas com milhões de selos de pouco valor) ao longo de 80 anos e nunca recompraram nada, nem mesmo o serviço que é o de mandar uma carta.

CF DE 1988 - rhm:665

Chegou uma hora eles ficaram com vergonha e criaram o CF = comprovante de franqueamento (nos USA o “D” stamp) que dá pelo menos o direito de enviar uma carta. Afinal foi para isso que o selo foi criado. Mesmo assim o correio diminuiu este direito, pois o CF foi lançado para o envio de cartas até 20 gramas e depois mudou para cartas até 10 gramas.

No final das contas quem garante o valor de um selo não é uma empresa estatal, um grupo financeiro, uma instituição bancária. São os comerciantes e filatelistas espalhados pelo mundo e que sabem que selos modernos geralmente valem pouco, mesmo depois de 40, 50 ou 80 anos.

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